Destrinchando o agriturismo

Roberta Ristori Reply 09:04

Agriturismo é algo sobre o qual todo mundo comenta, mas poucos sabem exatamente o que é. Conclusão tirada do que aconteceu comigo. Até algum tempo atrás, achava que o  termo se referia apenas a um hotel que se situava nos campos.

Na verdade, o conceito vai além e surgiu com uma lei de 1985 com o objetivo de favorecer o desenvolvimento do território agrícola, incentivar a permanência dos produtores nas zonas turais, valorizar os produtos típicos e promover as tradições culturais do ambiente, entre outras coisas.


No agriturismo, o turismo é subsidiário à uma atividade principal desenvolvida pela propriedade rural. Grande parte das vezes, na Toscana, essa atividade principal é a produção de vinhos e azeites.

A região conta com 3700 empresas agriturísticas, segundo dados de 2006. Esse tipo de estrutura permitiu uma revalorização significativa das atividades agrícolas, ampliando os interventos no setor e incrementando inclusive, os preços dos imóveis e terrenos nessas áreas, favorecendo a economia rural.

O equiturismo (turismo à cavalo - leia mais), o enoturismo (turismo voltado ao vinho - leia mais e aqui) e o cicloturismo (leia mais) tem estreita ligação com o agriturismo e muitos dos estabelecimentos se especializam em acolher os apaixonados pelos cavalos, vinhos e bicicletas.

Sobretudo o turismo enológico, tornou-se um fenômeno social, econômico e social de grande relevo em diversas regiões do mundo famosas pelos seus excelentes vinhos. Na Toscana, foram organizadas até mesmo as "estradas dos vinhos", rota onde os viajantes visitam zonas dedicadas a produção de vinhos locais e muito bem adaptadas ao turismo (leia mais).

São consideradas atividades agriturísticas:

1) Hospedagens em ambientes rurais;

2) Servir produtos típicos, principalmente de produtores típicos caracterizados como DOP, IGP, IGT, DOC e DOCG (leia mais);
3) Organizar degustações de bebidas e alimentos;
4) Organizar atividades recreativas, culturais, didáticas, esportivas e exucursões, como o equiturismo.

Inicialmente concebido como estrutura hoteleira muito simples e econômica, atualmente o  agriturismo passou por uma grande evolução e atende aos mais diversos viajantes e níveis de exigência.

Estruturas de alto luxo como por exemplo, o Castello Banfi e o Il Borro (leia mais) são capazes de fazer sonhar os mais críticos dos turistas. Requintes, mimos e muitos charme fazem parte da hospedagem oferecida por ali.

É  crescente também a oferta de serviços didáticos com fazendas que acolhem estudantes para ensinar atividades agrícolas e a preparação de diversos produtos como vinho, queijos, salames, azeites e etc.


A Toscana está ao lado da Umbria entre as regiões italianas que concentram o maior número de agriturismos no país da bota. Entre as cidades "top 10" eleitas pelo site especializado nesse tipo de acomodação na Europa, o Toprural, 6 são na Toscana: San Gimignano, Montepulciano, Cortona, Pienza, Grosseto e Manciano.

Esse tipo de hospedagem é ideal para famílias que viajam com crianças (leia mais), por oferecer muito entretenimento para os pequenos viajantes e uma excelente oportunidade de contato com a natureza. Certamente, essa opção também é ideal para casais (em lua-de-mel, ou quase!) por oferecer tranquilidade, charme, boa comida e um clima absurdamente romântico.

*A imagem que ilustra o post é do Castello Banfi


** Fontes: cursos "La biodiversità agroalimentare autoctona come identità di un territorio e opportunità di promozione economica e turistica" e  "Marketing e promozione turistica: settore incoming", ambos do Progetto Trio









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