Circulando - manual prático para se locomover pela Toscana

Roberta Ristori Reply 11:32

Resolvi escrever esse post depois de me dar conta de que a maioria dos brasileiros fica perdido quando chega na Italia porque os sistemas de ônibus e trens são completamente diferentes dos nossos.

Vamos por partes, os ônibus não tem cobrador o que obviamente não significa que você pode bancar o espertinho e pegar uma carona "na faixa". Os bilhetes devem ser comprados em tabacarias (espalhadas por todo canto "tabacchi"), bares, bancas de jornal e quiosques das empresas de ônibus, que em Florença é a ATAF.

Até aqui sem grandes dificuldades mas aí agora, para nós brasileiros entra uma questão complicada, muitos estabelecimentos não seguem horários de funcionamento continuados e fecham após o almoço e domingos. Bom, e o ônibus? Minha dica, previna-se e compre alguns bilhetes extras quando possivel. Você fica mais tranquilo e não corre o risco de voltar a pé.

As diferenças não acabam por aí, uma vez no ônibus você precisa validar o bilhete. Perto das portas tem sempre uma maquininha, geralmente amarela, onde você insere o ticket e imprime a data e hora. Se o fiscal entrar e você estiver sem o bilhete ou com ele sem a validação, a multa é salgada e certa, fora a vergonha de ser pego trapaceando. Não vale o risco!

Agora vamos aos trens que é uma das minhas formas favoritas de viajar. Ok, dificilmente são pontuais, vivem em greve e os italianos simplesmente amam reclamar deles, mas eis as vantagens: não tem trânsito, não chacoalha (tá, esse talvez seja um problema meu, porque costumo enjoar em ônibus!), são confortáveis e seguros.

Aqui o bilhete não tem tanto segredo, você pode escolher entre adquiri-lo na bilheteria ou nas máquinas de auto-atendimento espalhadas pelas estações. São bem simples de usar, opção de vários idiomas e ainda dá para pagar com cartão de crédito. Aqui tambem vale a dica de comprar o retorno com antecedencia porque quase sempre as bilheterias fecham aos domingos e na estaçoes menores a maquina de auto-atendimento pode nao funcionar.


Antes de entrar no trem, no entanto, não se esqueça de validar o bilhete como nos ônibus, só que aqui é do lado de fora, na plataforma. As maquininhas são quase idênticas. Dica, guarde o bilhete em lugar acessível pois certamente o fiscal pode querer conferi-lo durante a viagem.

Ao chegar na cidade da Toscana que pretende visitar, acho que a melhor opção é caminhar. São sempre paisagens lindíssimas e tropeça-se em história e obras-de-arte. Essa é a melhor maneira de descobrir um cantinho seu, uma tratoria charmosa, um café simplezinho com uma vista fabulosa, uma lojinha que é a sua cara.

Não vejo muita graça em viajar saltando de um ponto turístico para outro só para dizer que conheceu. Aí é mais simples (e econômico) parar em uma banquinha e comprar um bloco de cartões postais...

Sobre viagens de carro, na Toscana existem estradinhas encantadoras, sobretudo a Chiantigiana, uma alternativa para ir de Florença a Siena. Com certeza vai precisar de mais tempo do que seguindo pela auto-estrada, mas cruzará vinhedos, castelos e abadias. Só é preciso lembrar-se que na maioria dos centros-históricos das cidades da região os carros são proibidos de circular e deve procurar um estacionamento próximo a entrada.

Quem chegar voando pode escolher entre o aeroporto Galileo Galilei, em Pisa ou o Peretola, em Florença, esse último minúsculo, mas cumpre bem a função. A grande vantagem aqui, é que o aeroporto fica a apenas 8 km da região central da cidade, o que vai te garantir uma boa economia no táxi.




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